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quinta-feira, 28 de março de 2013

Sempre tem um lado bom…

Apesar de toda a tristeza e estresse, sempre tem um lado bom, né gente?!

Aquele papo de “o seu copo tá meio cheio ou meio vazio?”, confesso que na maior parte do tempo, enquanto eu estava no Brasil, meu copo tava meio vazio, mas ainda assim tiveram alguns momentos de copo cheio, beeeeem cheio. De amor.

Meu copo transbordando ao:

- Rever minha família, e começar as nossas “brigas de amor”. Porque, você sabe, né? Amor sem polêmica não tem graça. Ahah! ~Ignore o sol queimando nossos olhos~

Familia Brasil 2013Amores da minha vida!

- Rever minha afilhada linda-princesa-gostosa-fofa-maravilhosa!!!!! Quando a vi, nem a reconheci, ela mudou tannnnto em tão pouco tempo. Virou uma pestinha, é verdade, mas é uma pestinha que eu amo tanto.

Diz aí se eu não tenho razão?

P1000439Maria Clara, amor dessa dindinha! ♥

Maria clara22Só uma lady pra segurar a comida com a pontinha dos dedos! ;)

P1000464Impossível não amar essa risada!

Infelizmente não curti eles tanto quanto eu queria, mas tudo bem. Já deu pra acalmar um pouco meu coração.

Aliás, é só rever as fotos que a saudade chega, de novo. E assim a gente vai levando…

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terça-feira, 26 de março de 2013

Sobre as mudanças dessa vida

Não vim aqui pra filosofar, nem dá lição de moral, coitada de mim… Eu vim só desabafar.

Tem um velho ditado que diz, “a gente só dá valor quando perde” e ha muuuuito tempo eu aprendi que é a mais pura verdade. Mas de qualquer forma, não é sempre que a gente consegue manter a linha, e ter só momentos bonitos e positivos com as pessoas que fazem parte da nossa vida.

Quando eu paro pra pensar que não faz muito tempo, eu ainda estava chegando pro meu primeiro dia de universidade (no Brasil), meu primeiro emprego, a ansiedade em contar pros meus pais que tinha um trabalho, parece que tudo aconteceu ontem, mas não.

Se eu penso que ha pouco menos de um ano, meu pai me acompanhava pelo braço e se emocionava em deixar a sua criancinha crescer e fazer a sua própria vida. Que mesmo triste por ter que ficar longe de mim, ele estava feliz porque sabia que eu estava radiante, e que tinha encontrado a pessoa certa. Em pensar que ele estava orgulhoso de mim, por ter terminado os primeiros ciclos da minha vida, e que era hora de eu voar com minhas próprias asas…

Como toda relação muito próxima, a nossa também era cheia de altos e baixos. Mas, ainda que nossas palavras fossem duras, o meu sentimento, admiração e orgulho por ter ele como pai nunca e jamais foram enfraquecidos. E ele sabia.

No dia 05 de fevereiro, o meu maior medo desde que mudei de país virou realidade. Recebi uma ligação do meu irmão dizendo que meu pai estava mal no hospital, após ter sofrido um AVC. Meu mundo desabou.

Depois que ouvi isso, não lembro mais o que meu irmão disse, nem o que meu marido falava tentando, em vão, me confortar. Na mesma hora eu fui atrás de passagem, mas disseram que eu devia esperar ao menos dois dias, pra poderem ter certeza da real situação do meu pai. Foram dois dias em que eu acordava e respirava, mas não vivia. Não conseguia fazer nada, só esperar por mais informações.

Quando meu pai começava a dar sinais de reação e eu começava a me tranquilizar, a vida de novo decidiu que era hora de mudar. O telefone tocou aqui em casa as 5 da tarde, meu pai tinha entrado em coma, e no outro dia as 3 da tarde, eu já estava voando pro Brasil.

Conseguí estar com meu pai, vê-lo, falar com ele, que mesmo estando em uma situação muito delicada, eu sei, tenho a mais absoluta certeza, de que ele soube que eu estava lá, ao lado dele. Eu sei.

No dia 16 de fevereiro de 2013, meu pai me deixou.

Uma dor sem igual e inexplicável. Ele que era um homem de ferro pra mim, um homem que nunca vi doente, que ainda era novo, que era lúcido, ativo. Que era o meu pai, o homem que escolheu ser parte da minha vida.

paiTe amei ontem, te amo hoje e vou te amar sempre.  

Ainda tinham tantas coisas que eu queria ter dito pra ele, tantas outras eu ainda queria ter mostrado. Ainda tínhamos tantas coisas pra compartilhar, especialmente agora que nossas relação estava se fortalecendo ainda mais. Mas não tivemos tempo. Ou melhor, tivemos, mas eu não soube aproveitar.

Mas foi como ele me escreveu em um email ha algum tempo (e eu não quis dar bola, afinal, ele era meu homem de ferro): “Minha filha, uma pessoa tem três importantes grandes passagens na vida. O nascimento, o casamento e a morte. Eu acompanhei você nos dois primeiros, e me orgulho tanto disso. Se a vida for boa comigo eu não vou ver o seu terceiro grande momento.”

A vida e o mundo não nos esperam até estarmos prontos pra continuar de onde paramos, então eu prefiro mascarar/bloquear essa saudade, e seguir em frente continuando com os meus planos, porque eu sei que onde quer que meu pai esteja agora, ele está me vendo, e vai continuar a se orgulhar de mim.

Ainda dói. Dói muito. Mas hoje eu consegui vir aqui escrever pra vocês. E aos poucos vou voltando.

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